Fratura do Úmero

O úmero vai desde o cotovelo, onde se articula com a ulna e o rádio até o ombro na articulação com a glenóide, parte da escápula.


O que é Fratura do Úmero


O úmero vai desde o cotovelo, onde se articula com a ulna e o rádio até o ombro na articulação com a glenóide, parte da escápula.

 

Chamamos fratura do úmero àquela que ocorre em qualquer parte deste osso. Portanto, pode ser desde o cotovelo até o ombro.

 

A dor característica desta lesão pode estar localizada, igualmente, desde o cotovelo e atrapalhando funções de dobrar e esticar até o ombro.

Localização da fratura do úmero


Chamamos de fratura à lesão que causa rompimento estrutural do osso, ou seja, quando ele quebra.

 

As limitações causadas pela fratura, assim como os tratamentos possíveis estão intimamente relacionados à parte anatômica do úmero que foi lesionada.

 

São as partes do úmero:

 

Proximal

Parte mais alta e próxima do ombro formada pela cabeça do úmero e pelas tuberosidades. A cabeça tem contato com a glenóide (parte da escápula) e é coberta por cartilagem articular que possibilita movimentos harmônicos e quase sem atrito. Nesta região, ao lado da cartilagem articular (extra articular) ficam as tuberosidades maior e menor onde se inserem os tendões que são a ancoragem dos músculos responsáveis pelos movimentos.

 

Diáfise

É a parte longa do osso entre o ombro e o cotovelo. Nesta região, o osso se assemelha ao um tubo ou cano de bordas espessas. Internamente fica a medula óssea de consistência amolecida e cheia de células muito ativas, enquanto na periferia formando as bordas do tubo, fica a cortical óssea mais mineralizada (compostos de cálcio e colágeno) e forte, responsável pela estrutura do osso.

 

Distal

Porção de baixo do úmero, revestida de cartilagem articular, forma a articulação do cotovelo. É composta por 2 estruturas articulares, a tróclea que se articula com a ulna e o capítulo que se articula com o rádio. Próximo à articulação estão os epicôndilos (medial e lateral), estruturas proeminentes que ancoram tendões do antebraço.

O que causa uma fratura do úmero



A causa mais frequente para as fraturas do úmero são os traumas por queda ao solo. Quando sofremos um acidente que o corpo é projetado ao solo, existem 2 possibilidades para fraturar o úmero. A primeira é quando tentamos nos proteger da queda, apoiando a mão no solo e a energia passa desde o punho até o úmero e a segunda é com trauma direto do ombro, sem a tentativa de proteção com a mão.

 

As fraturas proximais ocorrem mais por trauma direto, enquanto as outras duas ocorrem mais por traumas indiretos (proteção da queda com a mão ou até o cotovelo indo ao chão).

 

Também existem casos de traumas automobilísticos e esportivos em que diversos padrões de fratura são possíveis.

 

Outras causas para fraturas do úmero estão relacionadas à fragilidade óssea global no paciente, como na osteoporose/osteopenia ou à fragilidade local do osso, como em lesões ósseas preexistentes (cistos e tumores benignos e malignos, infecções, fraturas prévias), além da fraqueza óssea local por desuso (pós acidente vascular cerebral, lesões neurológicas, paralisias, imobilizações prolongadas, etc).

 

Como se tratam estas lesões?

A maioria das fraturas do úmero pode ser tratada de forma conservadora, ou seja, sem cirurgia. Estas fraturas são aquelas com pouco desalinhamento entre os fragmentos.

 

Para as fraturas proximais, utiliza-se uma tipoia confortável e que mantenha o ombro em posição de repouso. Para fraturas diafisárias, podemos utilizar tipoia e imobilizações removíveis (“Brace de Sarmiento”, órteses, etc) ou mesmo as de gesso.

 

Nos casos de fraturas distais no úmero as imobilizações mais utilizadas são as de gesso e as órteses removíveis vindo desde de a axila até o punho.

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