O tratamento da rotura parcial do manguito rotador é fundamental para que o paciente recupere a funcionalidade do ombro.
Esse tipo de lesão ocorre quando apenas uma parte das fibras dos tendões é danificada, sem que haja um rompimento completo.
A gravidade pode variar, dependendo da extensão e profundidade do dano.
A lesão ser de espessura parcial não significa necessariamente que a dor será menor, mas na maior parte das vezes, não ocorre perda de força significativa nem dor intensa nas lesões parciais mais superficiais e principalmente se tratadas de maneira adequada.
Assim, o tratamento direcionado e otimizado para o tipo específico de lesão é essencial para promover a recuperação da estrutura (cicatrização) e aliviar os sintomas associados ao problema, acompanhe neste artigo.
O que leva à rotura parcial do manguito rotador?
O manguito rotador é composto por quatro músculos e seus tendões correspondentes, que envolvem a articulação do ombro:
supraespinhal, infraespinhal, subescapular e redondo menor.
Sua função é essencial tanto para o movimento quanto para a estabilização da articulação.
Por exemplo, as estruturas do manguito rotador nos permitem rotacionar o braço em torno de seu eixo, levantá-lo acima da cabeça ou movê-lo para trás do corpo nas costas.
Lesões nessas estruturas são frequentes a partir dos 60 anos, sendo o tendão supraespinhal o mais comumente afetado, seguido pelo subescapular e infraespinhal.
Normalmente, essas lesões ocorrem pelo desgaste natural das estruturas, que ocorre com o decorrer da idade.
Se você quiser saber mais sobre a lesão parcial do tendão supraespinhal, acesse este artigo em nosso blog!
No entanto, estas lesões podem ocorrer também em pacientes mais jovens, normalmente devido a sobrecarga das estruturas resultado de uma execução inadequada ou repetitiva de movimentos ou do uso de cargas excessivas, que excedem a capacidade que as estruturas podem suportar.
Além disso, traumas em acidentes ou conflitos anatômicos (como a síndrome do impacto subacromial) também podem gerar a ruptura parcial do manguito rotador.
Por fim, algumas pessoas têm genética desfavorável que leve à rotura do tendão em idades precoces e mesmo sem um conflito anatômico ou uma sobrecarga que justifique o quadro.
Assim, para tratar essa ou qualquer outra condição no ombro, é crucial contar com uma avaliação especializada e bastante experiente.
Como será o tratamento da ruptura parcial do manguito rotador?
A rotura parcial do manguito rotador varia em extensão e profundidade e ocorre quando apenas uma parte das fibras do tendão sofre danos, sem rompimento completo. Isso quer dizer que a espessura do tendão não foi comprometida completamente (não chegou a fazer um furo no tendão).
As lesões mais graves são aquelas mais profundas, afetando mais de 50% da espessura do tendão.
O tratamento do manguito rotador pode gerar muitas dúvidas nos pacientes, pois existem diferentes abordagens, dependendo do tipo de lesão na região.
Assim, a terapia a ser adotada dependerá de vários fatores, como o tipo e a extensão da lesão, bem como das necessidades do paciente em relação ao ombro.
No caso de uma lesão parcial do manguito rotador, a evolução da condição é uma das primeiras preocupações.
Dessa forma, devemos pensar no comportamento da lesão a longo prazo.
Embora possa haver mais ou menos dor no momento, geralmente, uma rotura parcial do manguito - especialmente se for mais
superficial - tende a estabilizar-se com o tempo, desde que seja realizado um tratamento adequado.
Nesse sentido, é importante compreender a causa da lesão e evitar o fator causal, além de fornecer o estímulo mecânico e biológico adequado. Isto significa uma reabilitação própria para a fase de evolução e para a necessidade do momento do paciente e possivelmente o uso de terapias adjuvantes com o ácido hialurônico que funciona como bioestimulador neste caso.
Além disso, mesmo se não tratarmos a lesão cirurgicamente, temos que monitorá-la de forma constante.
Portanto, é necessário que o especialista acompanhe o paciente ao longo do tempo, por meio de ressonâncias magnéticas periódicas do manguito rotador.
A frequência desses exames varia de acordo com a saúde do paciente e o tipo de lesão.
É essencial ressaltar que pessoas jovens e ativas envolvidas em atividades que exigem muito do ombro devem receber um acompanhamento rigoroso para esse tipo de lesão, a fim de garantir uma melhora efetiva ao longo do tempo.
No geral, o tratamento em casos de lesões parciais do tendão requer a elaboração de um programa completo que abranja o alongamento e o fortalecimento do ombro.
Ademais, podemos indicar o uso de medicamentos para aliviar a dor, controlar a inflamação e relaxar os músculos.
Por exemplo, podemos fazer a bioestimulação através do ácido hialurônico, plasma rico em plaquetas (PRP) ou “células tronco” (aspirado de medula óssea) para otimizar a cicatrização e a máxima ativação biológica das células com potencial de regeneração dos tecidos naquele local.
Nestes casos, aplicamos as substâncias diretamente na região afetada para proporcionar recrutamento de células de cicatrização e diferenciação correta destas células para possibilitar a melhor cicatrização e consequente recuperação do tecido lesionado.
Ressaltamos que estes procedimentos não servem para todos os casos, mas quando bem indicados, geram excelentes resultados.
Conte com o especialista
Antes de iniciar qualquer programa de fortalecimento para tratar uma lesão no manguito rotador, é fundamental buscar a orientação do ortopedista especializado em ombro.
Esse profissional realizará uma avaliação abrangente da mobilidade do ombro, a fim de compreender completamente o funcionamento da articulação.
Essa avaliação minuciosa permitirá uma compreensão detalhada das condições da articulação, levando em consideração aspectos como movimentos escapulares anormais, encurtamento, instabilidade ou outras questões associadas.
A partir desse ponto, será possível criar um plano de reabilitação e treinamento personalizado, com foco na recuperação da estrutura.
Assim, caso você possua uma lesão no manguito rotador, não hesite em marcar uma consulta com o ortopedista especialista em ombro o mais rápido possível.
Somente assim você terá a certeza de receber um diagnóstico preciso e o encaminhamento mais adequado para o seu caso!
Conheça o Dr. Guilherme Noffs
Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.
Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.