Cirurgia de liberação do cotovelo: saiba como será a recuperação

21 de outubro de 2025
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A cirurgia de liberação do cotovelo é um procedimento indicado para tratar limitações de movimento, dores persistentes com ou sem compressões nervosas que não melhoram com tratamentos conservadores.

Por envolver uma articulação fundamental para as atividades do dia a dia, é natural que surjam dúvidas sobre como será o processo de recuperação.


Portanto, entender as etapas desse processo, os cuidados necessários e o que esperar em termos de resultados é essencial para alcançar uma boa reabilitação e retomar as funções do braço com segurança.


Continue a ler esse artigo para entender melhor!


O que é a cirurgia de liberação do cotovelo e quando ela é indicada?


A cirurgia de liberação do cotovelo consiste em um procedimento cirúrgico indicado quando o paciente apresenta limitação nos movimentos ou dor no cotovelo persistente, mesmo após a adoção de tratamentos conservadores.


Ela é recomendada principalmente em caso de rigidez no cotovelo, presença de fibroses, osteófitos (bicos de papagaio) ou corpos livres que costuma resultar de sequelas de trauma com fratura e/ou luxação. mas existem os casos de doenças articulares autoimunes e de artrose primária qeu também podem causar este problema.


Além desses cenários, outra situação recorrente que justifica a cirurgia de liberação é a compressão do nervo ulnar (ou síndrome do túnel cubital).


Nesse caso, quando mudanças posturais, fisioterapia ou outras medidas conservadoras não resolvem o quadro, indicamos a liberação cirúrgica do nervo ulnar.


Na cirurgia, tecidos ou estruturas como ligamentos e cicatrizes que pressionam o nervo são removidos ou reposicionados para aliviar os sintomas, que podem incluir dor, formigamento, dormência e fraqueza nos dedos.


Quer saber mais sobre os principais tipos de lesão no cotovelo? Confira esse artigo em nosso site!


Como realizamos a cirurgia de liberação do cotovelo?


Realizamos a cirurgia de liberação do cotovelo através de duas técnicas principais: a artroscópica ou a aberta.


A artroscopia de cotovelo envolve pequenas incisões que permitem a liberação da cápsula articular, além da remoção de bloqueios internos, como osteófitos ou corpos livres.


Esse método proporciona menor dor e inflamação no pós-operatório, favorece a reabilitação precoce e reduz o risco de novas aderências.


Por outro lado, em casos mais complexos, como deformidades articulares acentuadas ou quando a artroscopia não permite acesso adequado aos pontos de restrição, optamos pelo procedimento aberto.


Quando escolhemos a abordagem aberta, frequentemente realizamos uma via cirúrgica mais ampla e posterior no cotovelo.


Essa via permite acesso abrangente às áreas comprometidas, garantindo proteção adequada das estruturas neurovasculares e melhor controle durante o procedimento.


Quais cuidados são necessários no pós-operatório?


Confira abaixo todos os cuidados necessários no pós-operatório da cirurgia de liberação do cotovelo:


Controle da dor com medicamentos


Utiliza-se analgesia conforme a orientação do especialista, com transição gradual para anti-inflamatórios ou paracetamol, observando sempre o limite diário seguro.


Cuidados com a ferida e curativos


É essencial manter a incisão limpa e seca nos primeiros dias.


Após três dias, pode-se tomar banho, protegendo a ferida com cobertura plástica, e remover ou trocar os curativos só se houver drenagem.


Uso de imobilizador ou venda elástica e elevação


Recomendamos manter o membro elevado (acima do nível do coração) nos primeiros dias ou mesmo semanas, auxiliando na redução do edema.


A imobilização deve ser mantida conforme orientação médica, geralmente até a primeira consulta pós-operatória.


Aplicação de gelo


É uma medida importante para diminuir inchaço e dor.


Aplicar gelo por cerca de 15–20 minutos a cada 1–2 horas nos primeiros dias após a cirurgia, sempre com atenção para evitar lesão por frio na pele.


Movimento precoce


Logo após o procedimento, recomendamos iniciar movimentos suaves e controlados com dedos, punho e cotovelo, dentro do limite do conforto.


Movimentar o cotovelo logo evita rigidez e aderências.


Em geral, os pacientes podem começar a movimentar o dedo já no primeiro dia, enquanto os movimentos do cotovelo ocorrem nas semanas seguintes.


Retorno gradual às atividades


Movimentos e atividades leves (como trabalho administrativo) podem ser retomados entre 2 e 4 dias após a cirurgia, liberados conforme a dor permita.


Mobilidades mais exigentes ou atividades físicas mais intensas devem aguardar a evolução da reabilitação.


Fisioterapia e progressão dos exercícios


O plano de reabilitação costuma ser individualizado.


Nas primeiras semanas, focamos no ganho de moviemento ainda que com força limitada.


Após 6 semanas, iniciamos o fortalecimento com resistência controlada e vale ressaltar que comumente fazemos uso de órtese e outros tipos de ddispositivos que mantém o cotovelo em determinada posição por algumas horas para facilitar e acelerar o processo de ganho de mobilidade.


Para os casos mais graves, é comum mantermos uma rotina específica de exercícios de fortalecimento e alongamentos por até 1 ano após a cirurgia.


Quanto tempo leva para recuperar os movimentos após o procedimento?


Após a cirurgia de liberação do cotovelo, o processo de recuperação dos movimentos é gradual e depende tanto da gravidade do caso quanto da adesão à fisioterapia.


Geralmente, três semanas após o procedimento já é possível recuperar completamente a extensão do cotovelo, o que representa um avanço importante, especialmente considerando que antes da cirurgia esse movimento estava limitado.


A partir desse ponto, o foco do tratamento passa a ser o ganho de flexão, que costuma ser mais difícil no início devido ao edema, mas tende a melhorar progressivamente com o trabalho de reabilitação.


Em casos mais complexos, a reabilitação pode se estender, mas a maior parte da evolução acontece nos primeiros meses, quando a terapia ocupacional age para evitar a formação de novas aderências e devolver a função completa do membro.


Como saber qual o melhor tratamento para o meu caso?


A escolha do tratamento mais adequado para o seu caso de rigidez ou limitação no cotovelo depende de uma avaliação cuidadosa, sendo essencial contar com o olhar especializado do ortopedista do cotovelo.


Na consulta, realizamos uma análise clínica detalhada, baseada em exames específicos ao cotovelo e nas suas funções particulares.


Em muitos casos, o tratamento conservador é a primeira linha. Isso inclui alongamentos realizados com orientação, uso de órteses, além de medicações anti-inflamatórias e fisioterapia especializada.


A reabilitação conservadora deve ser mantida por alguns meses para que sua eficácia possa ser avaliada adequadamente.


Além dos aspectos anatômicos, outro ponto fundamental é o impacto do tratamento na sua rotina diária.


Dessa forma, temos que avaliar o tipo de trabalho, suas atividades e os seus objetivos pessoais de funcionalidade, fatores que também orientarão a escolha da melhor estratégia terapêutica.


Se você quer entender a importância de planejar o tratamento do ombro e cotovelo, acesse esse texto em nosso blog!


Caso os resultados não sejam satisfatórios após esse período, ou se já houver evidências clínicas ou de imagem de deformidades articulares, rigidez articular grave, aí sim podemos indicar a intervenção cirúrgica.


Por isso, para saber qual é o melhor tratamento para o seu caso, é imprescindível marcar uma avaliação com o especialista em cotovelo.


Agende sua consulta e dê o primeiro passo para uma recuperação eficiente, segura e alinhada às suas necessidades e expectativas.



A decisão correta depende do diagnóstico preciso e da orientação de um ortopedista especialista em cotovelo e com experiência na realização de cirurgias!


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Conheça o Dr. Guilherme Noffs

Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.


Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.

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