Rotura do manguito rotador: conheça 5 mitos

abr. 25, 2024
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Você quer entender melhor o que é a rotura do manguito rotador e quais são os principais mitos associados a esse tipo de condição?

O manguito rotador é uma estrutura composta por músculos e tendões no ombro, sendo responsável pela estabilidade e mobilidade da região.


Entretanto, são tendões delicados e pouco vascularizados além de sua versatilidade que o tornam propenso a lesões, as quais podem resultar em dor, limitação funcional, entre outros sintomas.


Nesse sentido, torna-se essencial compreender os diversos tipos de roturas que podem afetar o manguito rotador.


Além disso, é preciso esclarecer os mitos mais comuns relacionados a essas lesões.


Assim, ao desmistificar esses equívocos, possibilitamos uma compreensão mais precisa sobre a rotura do manguito rotador e as opções de tratamento mais adequadas para cada paciente.


Quais são os tipos de rotura que podem acometer o manguito rotador?


O conjunto de músculos e tendões localizados no ombro, conhecido como manguito rotador, é composto por quatro músculos (subescapular, supraespinhal, infraespinhal e redondo menor), sendo que cada um contribui de maneira específica para a estabilidade e mobilidade da região.


A porção longa do bíceps não faz parte do manguito, mas está intimamente relacionada anatomicamente e funcionalmente e integridade e costuma estar prejudicada nos mesmos pacientes.


Em termos gerais, os tendões do manguito rotador podem sofrer roturas transfixantes (completas) ou parciais (afetando parte de sua espessura).


A distinção entre esses tipos de lesões está relacionada à profundidade do acometimento do tecido e não à sua extensão (comprimento ou área).


Na rotura transfixante (completa), ocorre uma rasgo total em espessura do tendão, criando um "furo" no tecido.


Isso pode ser visualizado como um rompimento completo atravessando o tecido.


Por outro lado, na rotura parcial, o tendão sofre um adelgaçamento pontual com perda de parte de suas fibras, sem formar um furo completo em sua estrutura. É como se fosse um “desfiado” na fibra.


Para entender melhor a diferença entre rotura parcial e rotura transfixante do manguito rotador, acesse este artigo em nosso site!


Quais são os 5 mitos mais comuns sobre a rotura do manguito rotador?


1° mito


Muitas pessoas acreditam que, se ocorrer a rotura completa de um tendão, por exemplo o supraespinhal, o braço não sobe mais.

Entretanto, isso não é verdade.


Temos diversas estruturas que trabalham em conjunto, ou seja, às vezes, se uma delas não está funcionando, as outras podem suprir essa falha para manter a função.


É claro que o paciente tende a perder muita potência e qualidade de movimento, especialmente a longo prazo.


Além disso, o quadro causará um desequilíbrio mecânico que degradará toda a articulação já que algumas estruturas serão sobrecarregadas e tenderão ao desgaste e comprometimento estrutural com o tempo também.


Sim, muitas pessoas conseguem continuar a fazer os movimentos com os braços, mas com o tempo, a articulação degenera, resultando na perda dos movimentos.


Nesse ponto, a patologia já estará muito avançada e terá evoluído por anos até chegar ao ponto de ter outras questões articulares associadas (artropatia do manguito rotador).


2º mito


Muitos pacientes entendem que, ao romper o manguito rotador, o único tratamento possível é a cirurgia.


Isso também não é verdade, pois depende do tipo de paciente e do tipo de rotura.


Como explicamos, a rotura pode ser parcial ou completa, estar associada a outras roturas ou ser isolada.


A lesão pode ter sido desencadeada por uma alteração anatômica, como um acrômio mais lateralizado e ganchoso, ou por uma instabilidade.


Dessa forma, vários aspectos precisam ser analisados antes de optarmos por uma cirurgia.


Na maioria das roturas, mesmo completas, em pacientes mais idosos e sedentários, optamos por tratamento não cirúrgico.


Já em pacientes com certa idade, mas que tenham alta funcionalidade e boa condição de saúde, a cirurgia é indicada nas roturas completas devido ao resultado enormemente superior a médio e longo prazo principalmente.


3º mito


Quanto maior a lesão, mais dor a pessoa sente. Isso não está correto, já que a dor depende de vários fatores.


Na maioria das vezes, a lesão que causa mais dor é a rotura mais instável.


Além disso, é preciso compreender uma situação: normalmente, se a lesão é instável, o corpo cria cicatrizes e mecanismos compensatórios, melhorando a dor com o tempo. 


Porém, ainda assim, essa lesão não tratada pode piorar e causar degeneração da estrutura.


Isso é um caso muito perigoso, pois, a longo prazo, esse quadro compromete significativamente a estrutura, geralmente resultando em um comprometimento irreparável da função e dor (mesmo com cirurgia).


Assim, será necessário recorrer a técnicas específicas, como a substituição total da articulação - a prótese da articulação - para devolver funcionalidade e controle da dor.


4º mito 


Alguns pacientes entendem que a rotura do manguito rotador é rara.


Não é verdade também, pois observamos que a maior parte das pessoas a partir dos 80 anos tem algum tipo de rotura do manguito rotador.


Então, se uma grande parte de pacientes em uma determinada faixa etária desenvolve o problema, ele não é raro.


Claro que, na população mais jovem, até os 50 anos, a rotura é bastante infrequente.


Se você quer conhecer as principais causas de lesão do manguito rotador, acesse esse texto em nosso blog!


5º mito


A maioria das pessoas acredita que o exercício físico praticado por um paciente com rotura do manguito rotador irá piorar a situação e prejudicá-lo.


Isso não é verdade!


Na maioria das roturas de manguito rotador, o exercício, quando bem executado com técnicas corretas e orientação adequada, ajuda na recuperação, melhorando o prognóstico, principalmente a longo e médio prazo.


Isso não significa que, se você possui a condição, pode fazer qualquer exercício, mas sim que precisa de uma boa orientação do especialista em ombro para orientar precisamente o treino de manguito rotador.


A longo prazo, isso trará mais saúde e longevidade para a sua articulação.



Por outro lado, se o paciente ficar totalmente parado após a rotura, a evolução costuma ser ruim, mais limitada, e os problemas aumentam rapidamente em vez de diminuir.



Rotura do manguito rotador: como realizamos o tratamento?


Inicialmente, é comum prescrevemos repouso, compressas frias e outras abordagens não invasivas, como fisioterapia analgésica e acupuntura até conseguirmos um bom controle da dor.


Uma vez que a inflamação e a dor estejam sob controle, é possível iniciar exercícios de alongamento e fortalecimento do manguito rotador.


Para certos casos, a infiltração no ombro, utilizando corticoide, pode ser sugerida.


Porém, na maioria das situações de rotura, quando se recorre à infiltração, o ácido hialurônico no ombro é preferido.


Para casos selecionados e com maior necessidade de estímulo biológico, podemos avaliar técnicas da medicina regenerativa como plasma rico em plaquetas e aspirado de medula óssea (células tronco).


Estas técnicas visam otimizar a cicatrização de roturas parciais e restabelecer a função da articulação.


Já os casos mais graves podem requerer cirurgia.


Geralmente, esse procedimento é realizado por meio da artroscopia, uma técnica minimamente invasiva em que são feitas pequenas incisões (1 a 2 cm) no ombro para a inserção de uma câmera e equipamentos necessários para realizar os reparos nas estruturas danificadas.


De qualquer forma, como mencionamos, a avaliação do quadro e a proposta do melhor tratamento devem ser realizadas pelo ortopedista especialista.


Na nossa clínica, somos especialistas em ombro e acompanhamos nossos pacientes desde o diagnóstico até a recuperação final.


Em caso de dores persistentes no ombro ou lesão já conhecida, agende uma consulta imediatamente!


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Conheça o Dr. Guilherme Noffs

Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.


Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.

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