Quando o paciente apresenta um tendão do ombro rompido por trauma, será fundamental avaliar o caso e iniciar um tratamento o quanto antes para evitar complicações.
De todos os tendões do manguito rotador, o supraespinhal é aquele mais suscetível a sofrer lesões por traumas graças a sua anatomia.
Você poderá ler mais sobre as lesões no tendão supraespinhal no nosso blog!
Lembrando que o manguito rotador é a estrutura responsável pela movimentação e estabilização da articulação do ombro.
É composto por um conjunto de quatro músculos (supraespinhal, infraespinhal, subescapular e redondo menor) e seus respectivos tendões que circundam a articulação do ombro e podem sofrer lesões, o que acaba prejudicando suas funções.
Tendão do ombro rompido por trauma: como isso ocorre?
A lesão traumática do manguito rotador ocorre quando o paciente sofre um trauma no local. Então, ele pode cair em cima do ombro, levar uma pancada ou fazer algum esforço muito grande, ocasionando a ruptura do tendão.
Quando dizemos que o tendão se rompeu, significa que ele teve uma lesão completa. Ou seja, suas fibras se separam por completo, causando um furo ou um rasgo no tecido.
Este tipo de problema é mais frequente em pacientes a partir dos 40 anos. Isso porque, esta é a idade na qual começamos a sofrer uma diminuição do colágeno no corpo e consequente redução da elasticidade natural do tendão.
Assim, ao ser submetido a uma força maior, ele não resiste e acaba rasgando.
Ressaltamos que os tendões podem também sofrer lesões degenerativas, sendo estas as que mais acometem as estruturas do manguito rotador.
Normalmente, ocorrem com o passar da idade, em pacientes acima de 50 anos, sendo que a perda de colágeno também é um fator importante nestes casos.
Você poderá ler mais sobre as lesões degenerativas do manguito rotador no nosso blog!
Quais os cuidados necessários ao romper o tendão?
Ao sofrer uma ruptura do tendão, é fundamental iniciar o tratamento o quanto antes.
Isso porque, nestes casos o nosso corpo busca cicatrizar a lesão, o que acaba gerando muita fibrose no local e consequente atrofia do tendão.
Assim, se o problema for negligenciado, poderá progredir para atrofia muscular, aumento do tamanho da lesão, aumento da dor e diminuição da força e da capacidade de movimentar o braço.
Após um certo período de alguns meses, por exemplo, passa a ser uma lesão irreversível, ainda que se tente corrigir por cirurgia em alguns casos.
O raciocínio é semelhante ao de uma fratura que consolida errado e que precisaria se fazer uma nova fratura para poder “colar certo”. No entanto, o tendão atrofiado não é passível de boa cicatrização e o processo de recuperação está perdido.
Dessa forma, na maioria dos casos de tendão do ombro rompido, precisaremos fazer uma cirurgia para recuperá-lo já nos primeiros meses após a lesão.
Normalmente, podemos realizar este procedimento através da artroscopia (cirurgia por vídeo), uma técnica minimamente invasiva na qual fazemos pequenas incisões no ombro por onde inserimos uma câmera e os equipamentos necessários para fazer os devidos reparos nas estruturas danificadas.
Já em casos de lesões mais simples, o tratamento poderá ser conservador (não cirúrgico) e poderá contemplar medidas, como por exemplo, uso de medicamentos, fisioterapia e injeção de medicamentos no local, a depender de cada caso.
Somente um ortopedista será capaz de avaliar o quadro do paciente e propor o melhor tratamento.
Na nossa clínica, somos especialistas em ombro e acompanhamos nossos pacientes desde o diagnóstico até a recuperação final!
Conheça o Dr. Guilherme Noffs
Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.
Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.