Apesar de ser mais raro, a cirurgia para epicondilite lateral pode ser necessária e explicaremos sobre o procedimento!
A epicondilite lateral é uma condição que ocorre no cotovelo devido à sobrecarga ou esforço repetitivo, seja no esporte ou em atividades laborais.
Nesta doença, além do processo inflamatório, o tendão sofre uma resposta fibroblástica e vascular, conhecida como degeneração angiofibroblástica.
Então, esta estrutura sofre uma falha da cicatrização, levando à formação de um tecido defeituoso que atrapalha a regeneração das estruturas doentes.
Assim, dizemos que o paciente tem uma fibrose disfuncional ao invés de um tendão saudável junto ao epicôndilo lateral na inserção dos tendões extensores do punho e dos dedos.
Como será o tratamento para esta condição?
O tratamento da epicondilite lateral dependerá da fase em que a doença se encontra e, na grande maioria dos casos, não é cirúrgico.
Pode envolver diversas abordagens, como repouso, compressas frias, uso de medicamentos, fisioterapia e injeção de ácido hialurônico no local (um bioestimulador da cicatrização).
Além disso, identificar e corrigir o fator causal é essencial para cessar os danos ao tendão, permitindo a regeneração.
Temos um artigo que fala sobre o tratamento da epicondilite lateral em suas diferentes fases no Blog.
Normalmente, o tratamento conservador é eficaz e proporciona a cura do problema. No entanto, caso ele não traga alívio dos sintomas, a cirurgia será necessária.
Cirurgia para epicondilite lateral
A cirurgia para epicondilite lateral pode ser feita por via aberta ou artroscópica, a depender de cada caso.
Em ambas as situações, o reparo no tendão será o mesmo e o que difere os procedimentos é somente a via de acesso às estruturas.
Na artroscopia, realizamos 2 ou 3 pequenos furos de aproximadamente 1cm na região do cotovelo e inserimos uma câmera e os instrumentos necessários.
Já na cirurgia aberta, fazemos apenas um corte de cerca de 5 cm, para acessar o local. Realizamos este acesso somente quando temos certeza que o problema está externo à articulação.
Em ambos os casos, o objetivo será retirar a fibrose que se formou no local e está impedindo a cicatrização do tendão.
Além disso, deixamos a superfície óssea bem irrigada e revitalizada para receber o tendão e, quando necessário, fazemos suturas para garantir que ele cicatrize adequadamente.
Normalmente, esta cicatrização leva de um a dois meses, quando o paciente estará pronto para retomar as atividades esportivas que envolvam carga ou repetição.
A cirurgia para epicondilite lateral, quando bem indicada, tem mais de 90% de sucesso.
Ressaltamos que esta é uma condição progressiva, ou seja, caso não receba tratamento adequado, poderá evoluir e se agravar.
Então, quanto antes você procurar o médico ao sentir dor e incômodos no cotovelo, maiores serão as chances de resolver o problema sem que cirurgia seja necessária.
Em todos os casos, contar com um ortopedista especialista que faça o devido diagnóstico e proponha a tratativa mais adequada para seu quadro será fundamental para o sucesso do tratamento!
Conheça o Dr. Guilherme Noffs
Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.
Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.