Uma dúvida comum no consultório quando um paciente recebe o diagnóstico de epicondilite lateral é sobre o jeito de dormir.
De fato, existem algumas posições que podem ser desfavoráveis diante de um quadro de epicondilite.
O sono é fundamental para o bom funcionamento do nosso organismo, pois é quando dormimos que todas as estruturas relaxam e se recuperam dos esforços do dia.
Além disso, é neste momento que uma série de hormônios e neurotransmissores que auxiliam na modulação da dor são sintetizados pelo corpo.
Então, caso o paciente fique em uma posição errada, ele pode entrar em um ciclo no qual esta posição aumenta a dor e dificulta sua recuperação, a dor afeta o sono e a falta de sono interfere na sua qualidade de vida, bem como na reabilitação da lesão.
Leia mais sobre
a importância do sono no controle da dor e entenda o assunto!
O que é a epicondilite lateral?
Neste ponto, é importante compreender o que é a epicondilite lateral e o porquê que algumas posições ao dormir podem ser prejudiciais.
A epicondilite lateral ocorre quando o paciente sofre uma inflamação do tendão seguida de uma falha na cicatrização.
Este processo é conhecido como degeneração angiofibroblástica e leva à formação de um tecido defeituoso que atrapalha a regeneração das estruturas doentes.
Os tendões extensores são aqueles mais afetados e, por isso, o paciente sente dor ao agarrar objetos e com movimentos de extensão do punho e dos dedos.
Podemos dizer que os principais sintomas da epicondilite são a dor na região lateral do cotovelo, rigidez, perda de força e dificuldade para esticar o cotovelo completamente.
O tratamento da epicondilite tem como objetivo desinflamar e regenerar o tecido lesionado e, assim, qualquer atividade ou posição (por exemplo, ao dormir) que mantenha a sobrecarga na região irá atrapalhar a recuperação.
Epicondilite lateral e jeito de dormir
Mas afinal, como o jeito de dormir pode piorar a epicondilite lateral?
Principalmente se você costuma dormir com o braço dobrado e as mãos embaixo da cabeça, isso pode dificultar sua recuperação.
Isso porque, essa posição faz com que o tendão continue fazendo força, não permitindo seu relaxamento e descanso durante a noite.
Como dissemos, a hora do sono é fundamental para que as estruturas do corpo se recuperem e manter a sobrecarga no tendão neste momento pode perpetuar a inflamação.
Então, será preciso ter atenção ao jeito de dormir caso você esteja fazendo tratamento para a epicondilite lateral, de modo a não retardar sua reabilitação.
Tratamento da epicondilite
Além do sono de qualidade e com posição adequada do braço, o tratamento da epicondilite pode envolver diversas terapias, a depender do quadro de cada paciente.
Então, o tratamento não cirúrgico pode envolver:
- Imobilização;
- Repouso;
- Compressas;
- Fisioterapia para alongar e fortalecer a região;
- Aplicação de Ácido hialurônico (viscossplementação);
- Terapia de ondas de choque.
Quando bem estruturado, o tratamento da epicondilite lateral sem cirurgia costuma apresentar resultados ótimos em quase todos os casos após algumas semanas.
Contudo, caso o paciente não apresente melhoras, indicaremos a cirurgia. Se esse for o seu caso, fique tranquilo, pois quando bem realizado, o procedimento cirúrgico tem mais de 90% de sucesso!
Caso queira, você poderá ler mais sobre o
tratamento da epicondilite lateral.
Em resumo, a epicondilite lateral é uma lesão que afeta significativamente o dia a dia do paciente e demanda um tratamento abrangente.
Se você estiver com dores e incômodos na região, não postergue a ida ao
ortopedista especialista em cotovelo.
Isso porque, quanto antes iniciarmos o tratamento, maiores serão as chances de você ter uma breve recuperação!
Conheça o Dr. Guilherme Noffs
Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.
Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.